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WILLIAM MCKINLEY, ELBERT HUBBARD E "UMA MENSAGEM A GARCIA" / JOÃO SCORTECCI

Meu pai, Luiz Gonzaga, era assinante da revista Seleções – isso nos anos 1960. Lia e relia a brochura de cabo a rabo! Era vidrado na seção “Piadas de caserna”, que ilustrava as duas últimas páginas da revista. Seleções é a denominação da versão brasileira da Reader’s Digest, criada em Pleasantville, Nova York, no ano de 1918, por DeWitt Wallace (1889 –1981) e sua esposa, Lila Bell Wallace (1889 – 1984). Eu tinha pouco mais de 13 anos quando o meu pai – eufórico – entregou-me para ler um artigo publicado na revista. “Eu?” “Sim. Leia!” Foi o que eu fiz. Era um artigo do filósofo e escritor norte-americano Elbert Hubbard (Elbert Green Hubbard, 1856 – 1915), intitulado “Uma mensagem a Garcia”. “Leia e guarde a mensagem pelo resto da sua vida.”, insistiu meu pai. O texto – belíssimo – e mais atual do que nunca, relata a história de "um camarada de nome Rowan" que heroicamente, contra todas as adversidades, levou uma mensagem do presidente estadunidense McKinley (William McKinley, 1843 – 1901), ao general nacionalista Garcia (Calixto Garcia Íñiguez, 1839 – 1898), líder das forças rebeldes cubanas durante a Guerra Hispano-Americana. O texto foi escrito no dia 22 de fevereiro de 1899, data comemorativa de 100 anos de nascimento do primeiro presidente dos Estados Unidos, Washington (George Washington, 1732 – 1799), líder da vitória na guerra da independência. “Uma Mensagem a Garcia”, de Elbert Hubbard, é um texto vibrante, humano e imortal e pode ser encontrado facilmente na Internet. McKinley foi o último presidente a ter lutado na Guerra de Secessão, começando como um soldado no Exército da União e terminando como major. Em 6 de setembro de 1901, William McKinley foi baleado pelo anarquista Leon Czolgosz, nas dependências do Temple of Music, na Exposição Panamericana em Buffalo, em Nova York, quando cumprimentava o público. Faleceu em 14 de setembro, de gangrena, causada por seus ferimentos. “Precisa-se, com urgência, de um homem de nome Rowan, capaz de levar uma mensagem a Garcia.”

João Scortecci