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PLÍNIO, O VELHO, E O VULCÃO VESÚVIO / JOÃO SCORTECCI

O escritor, historiador, naturalista e oficial romano Plínio, o Velho, (Caio Plínio Segundo, 23 d.C. – 79 d. C.) nasceu em Como, na Lombardia, norte da Itália. Morreu jovem, com 56 anos de idade, ao tentar observar de perto a erupção do vulcão Vesúvio, localizado a leste da cidade de Nápoles e a 26 quilômetros da cidade de Pompeia. Caio Plínio é autor do tratado História Natural, uma imensa compilação composta de 37 volumes, que contém passagens originais sobre o destino do homem na natureza. É considerado o maior erudito da história imperial romana. A obra se tornou um modelo para enciclopédias posteriores e obras acadêmicas, como resultado de sua abrangência de assuntos, suas referências aos autores originais e seu índice. Caio Plínio, quando da erupção do Vesúvio, ocupava o posto de Almirante da frota de Miseno, no Porto de Campânia, próximo a Nápoles. Ordenou preparar um pequeno barco, convocou uma tripulação de nove marujos e se pôs a caminho da cidade de Pompeia. Durante o percurso, enfrentou altas temperaturas e uma densa nuvem de fumaça que fez com que o seu barco se desviasse do destino. Foi obrigado a aportar em Castellammare di Stabia, situada no golfo de Nápoles, no sul da Itália. Na manhã do dia seguinte, uma densa nuvem cobriu a região, matando todos por intoxicação causada pelos gases expelidos pelo Vesúvio. Caio Plínio, na época, foi responsabilizado pela morte de nove marinheiros e pela perda de uma embarcação romana. O Vesúvio é o único vulcão na Europa continental a ter entrado em erupção nos últimos 100 anos, sendo considerado atualmente um dos mais perigosos do mundo, devido a sua tendência de erupções explosivas. O Vesúvio foi responsável pela destruição das cidades romanas de Pompeia e Herculano, redescobertas, acidentalmente, no final do século XVIII.

João Scortecci