Pesquisar

"O HOMEM É O LOBO DO HOMEM" / JOÃO SCORTECCI

Asinaria - Comédia do asno - é uma peça do dramaturgo romano Plauto (Tito Mácio Plauto, c. 230 a.C. – 180 a.C.), que viveu durante o período republicano e é autor da célebre frase “Lupus est homo homini, non homo, quom qualis sit non novit.” (“O homem que não se conheça tal como é, é lobo para o homem.”).  Plauto, na Comédia do asno – conta a história de Demêneto, um senhor avarento que ludibriou sua rica mulher de todas as formas possíveis para conseguir seu dinheiro. Plauto escreveu 21 peças, no período entre 205 a.C. e 184 a.C. Suas comédias estão entre as obras mais antigas em latim preservadas integralmente até os dias de hoje. A célebre frase do romano Plauto foi popularizada pelo matemático, teórico político e filósofo inglês Thomas Hobbes (1588 – 1679), no seu livro Leviatã, quando reafirmou: “O homem é o lobo do homem”. Thomas Hobbes nasceu em Westport, na Inglaterra. Filho de um clérigo anglicano, foi criado e educado por um tio. Aos 15 anos de idade, foi matriculado na Magdalen Hall da Universidade de Oxford, onde se formou em 1608. Durante toda a sua vida esteve conectado com a monarquia inglesa. Entre 1621 e 1625, foi secretário do político, do cientista Francis Bacon (1561 – 1626), ajudando-o a traduzir alguns de seus ensaios para o latim. A obra Leviatã – referência ao monstro bíblico homônimo – ou “Matéria, palavra e poder de um governo eclesiástico e civil”, foi publicada em 1651. Diz respeito à estrutura da sociedade e do governo legítimo e é considerada um dos exemplos mais antigos e mais influentes da teoria do contrato social. Hobbes alega serem os humanos egoístas, egocêntricos e inseguros por natureza, quando reafirma o pensamento de Plauto: “O homem é o lobo do homem”. Que ele – o homem – necessita de um soberano que puna aqueles que não obedecem ao contrato social: “Onde não existe governo ou lei, os homens naturalmente caem em discórdia”. Thomas Hobbes faleceu em Hardwick Hall, Inglaterra, no dia 4 de dezembro de 1679, com 91 anos de idade. Em seus últimos anos de vida, deixou como legado a tradução da Ilíada e da Odisseia para a língua inglesa. 

João Scortecci