For whom the bell tolls (Por quem os sinos dobram) (1940) é o romance considerado pela crítica uma das melhores obras do escritor norte-americano Ernest Hemingway (Ernest Miller Hemingway, 1899 – 1961). O livro narra a história de Robert Jordan, um jovem norte-americano integrante das Brigadas Internacionais, durante a Guerra Civil Espanhola, conhecedor do uso de explosivos, que recebe a missão de explodir uma ponte por ocasião de um ataque à cidade histórica de Segóvia, localizada a noroeste de Madri, na região de Castela e Leão, no centro da Espanha. Hemingway trabalhou como correspondente de guerra em Madri durante a Guerra Civil Espanhola (1936 – 1939), experiência que lhe inspirou a escrever o romance. Ao fim da Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945), instalou-se em Cuba, onde morou por 23 anos. A vida de Hemingway é cheia de aventuras e curiosidades. Participou das duas guerras mundiais, sobreviveu a dois acidentes de avião, teve seus livros queimados pelos nazistas, inventou o drinque Mojito, coquetel à base de rum branco originário de Cuba, deu nome a um corpo celeste que orbita o Sol, em 1953 ganhou o Prêmio Pulitzer de Ficção, com o livro O velho e o mar, e, em 1954, o Nobel de Literatura. No final dos anos 1950, retornou para os Estados Unidos, indo morar em Ketchum, cidade localizada no estado de Idaho, no Condado de Blaine. Alcoólatra e doente, cometeu suicídio em 2 de julho de 1961, aos 61 anos de idade. É de Ernest Hemingway o melhor conselho que conheço para um escritor iniciante: “Um escritor se serve, não descreve. Inventa ou constrói a partir do conhecimento pessoal ou impessoal.” Uma curiosidade – que até então desconhecia: a primeira tradução brasileira do romance Por quem os sinos dobram foi feita pelo escritor Monteiro Lobato (1882 – 1948) e publicada pela editora portuguesa Livros do Brasil, fundada em 1944. Hoje, a casa editorial pertence ao Grupo Porto Editora, com sede em Lisboa, Portugal. E as traduções brasileiras de livros de Ernest Hemingway são publicadas pela Bertrand Brasil, do Grupo Editorial Record.
João Scortecci
